quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O Mercado de Trabalho em Tempos de Globalização

Através de encontros e reuniões em sala de aula, sob orientação da professora de Humanidades II, Ariadna Bandeira, foi desenvolvido este trabalho de grupo, para uma melhor compreensão da  efetiva participação no processo de globalização das empresas.

GlobalPor globalização, entende-se que é um fenômeno moderno que surgiu com a evolução com novos meios de comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes e é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais cujos mercados internos já estão saturados.                                                

Segundo Freitas (1997), o comportamento humano nas organizações tornou-se nas últimas décadas objeto de estudo científico-específico orientado para a busca de melhor compreensão do termo “cultura organizacional”.

Cada vez mais a busca incessante pela excelência é contínua por parte das empresas. De um ângulo, enxergam-se as práticas gerenciais herdadas do passado, que parecem se perder num mundo onde o indivíduo tem que dominar mais de um idioma, ter vivido em outros países, conhecendo várias culturas, e dominar o conhecimento tecnológico.

O processo de globalização faz com que o ambiente das organizações sofra grandes mudanças em uma velocidade nunca vista na história da humanidade, e que até os dias de hoje não foi totalmente compreendido. No Brasil, a globalização foi sentida a partir da abertura do mercado nacional para investimento de outros países, estabilização econômica e implantação do plano real. Assim, os consumidores internos e externos, ficaram mais exigentes, e os produtos e serviços tiveram que melhorar suas qualidades. As empresas tiveram que se adaptar às novas tecnologias e avaliar a estrutura organizacional. Agora o foco das empresas passa a ser o cliente. Elas investiram na modernização dos seus parques industriais, utilizando-se de alta tecnologia, visando reduzir custos, produção com mais eficiência e qualidade. Com isso as empresas nacionais tornaram-se fortes e competitivas, alcançando novos mercados.

Em 2008, foi registrado uma das mais graves crises econômicas dos 100 anos. Com origem nos Estados Unidos, no setor de crédito imobiliário, evoluindo para uma crise de crédito mundial, após o Banco Central Americano (FED) ter reduzido as taxas de juros para cerca de 1% ao ano, com intuito de restabelece a ordem no país. Estimulando assim o comércio de imóveis, que se aproveitou dos juros baixos. As empresas imobiliárias começaram a ter uma grande demanda, os bancos para conseguirem um rendimento maior compravam os títulos, conhecidos como “subprime”, gerando um ciclo de compra e venda desses títulos. O que implicou na inadimplência das hipotecas, gerando um efeito cascata, na economia não só americana, como mundial. Como conseqüência, as pessoas passaram a consumir menos, os lucros das empresas diminuíram e a primeira medida dos empresários foi demitir os empregados.

 

Ao contrário de outras crises, o problema agora é o dinheiro, de como lidar com o mercado financeiro nacional e internacional. Os investidores preferem colocar seu dinheiro em aplicações que rendam menos, do que deixarem na Bolsa de Valores, gerando assim queda nas Bolsas do mundo inteiro. No Brasil e no mundo o que preocupa é a falta de crédito.

A crise passou arrastando quase todos que estavam pela frente, porém países de economia emergentes, como Brasil e China, conseguiram equilibra-se e não sucumbiram como os norte-americanos, os europeus e japoneses. Por praticarem relações comercias com quase todos os países de forte economia e também com os de economia emergente como eles, e entre si, Brasil e China puderam continuar suas exportações em menor escala com os duramente afetados pela crise, e em maior escala com os que foram pouco afetados, também abastecendo seus mercados internos. China teve maior destaque diante da crise por ser um país de mão-de-obra barata e que investe em novas e altas tecnologias, esta última que falta ao Brasil.

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O declínio do mercado financeiro afetou diretamente o mercado de trabalho. Muitos postos foram reduzidos e alguns até extintos, impulsionados também pelo efeito global de reestruturação do trabalho, o qual foi denominado segundo alguns teóricos, de desemprego estrutural, ou seja, para reduzir os custos da produção e elevar a qualidade dos produtos e os lucros, as organizações  automatiza as suas produções em substituição ao capital humano e/ou desloca suas operações para países onde esses custos e mão-de-obra são mais baixos.

Entretanto, o mercado de trabalho não está totalmente fechado. Ocorre o surgimento de novos postos de trabalho em setores onde o trabalho braçal é substituído pelo intelectual em empresas chamadas de “inteligência intensiva”, como o ramo da informática, onde exigem alto grau de qualificação profissional, mas que não agregra o grande contingente de pessoas desempregadas. Para tanto seria necessário que todos tivessem oportunidades iguias de educação social e profissional, o que não foi previsto pela globalização.

Para está inserido no mercado de trabalho em crise, o perfil e a qualificação profissional devem enquadrar-se nos moldelos exigidos pelas organizações, de conhecimento intelectual, aprimoramento técnico, domínio de vários idiomas, boa desenvoltura no relacionamento interpessoal e ainda conhecer sobre cultura global, já que essas organizações em sua maioria, são multinacionais ou fazem parte de redes de comércio global.

Reavaliar o papel das instituições sociais diante dos processos da globalização e sues efeitos colaterais nas sociedades participantes, direta e indiretamente, seria de fundamental importância para tentar sanar pelo menos parte dos males gerados por essas aldeia global, que tem como maiores benefíciados os poderosos donos dos mercados financeiros em detrimento dos que realmente fazem essa roda girar.